Alexander Fleming nasceu no dia 6 de agosto de 1881, em Lochfield, na Escócia. Era um aluno brilhante e percebeu muito cedo que seu país de origem não ofereceria oportunidades à sua carreira. Aos 13 anos, mudou-se para Londres, onde freqüentou uma escola politécnica e trabalhou como office-boy antes de decidir se tornar um médico. Após graduar-se, tornou-se professor de bacteriologia na Universidade de Londres e assumiu um posto de pesquisa na Escola Médica do Hospital de St. Mary. Prosseguiu com seus estudos durante a Primeira Guerra Mundial, como membro do Corpo Médico do Exército Real. Perturbado com o alto índice de soldados mortos por ferimentos infeccionados, Fleming começou a questionar a efetividade do tratamento de tecidos doentes ou danificados com os anti-sépticos que estavam sendo usados. Em 1928, após vários anos de pesquisas, descobriu uma substância poderosa no combate a infecções, à qual deu o nome de "penicilina", devido ao fungo Penicillium Chrysogenum Notatum, porém, a pequena quantidade de substância capaz de ser produzida e os altos custos para sua obtenção, tornaram sua produção inviável. No final da década de 1930 iniciou-se a Segunda Guerra Mundial. Cientistas perceberam que as vítimas e doenças resultantes do conflito exigiam novas, e mais poderosas, substâncias para o combate de infecções por ferimentos. Na Universidade de Oxford, na Inglaterra, o patologista australiano Howard Florey e Ernest Chain, um químico fugitivo da Alemanha nazista, verificaram as observações de Fleming e conseguiram produzir novamente o fungo, porém, não conseguiram arrecadar fundos para pesquisas adicionais. Recorreram aos Estados Unidos, onde obtiveram apoio técnico e financeiro e, em meados da década de 1940, fábricas inglesas e norte-americanas estavam produzindo bilhões de unidades de penicilina. Apesar da produção inicial ter sido reservada exclusivamente para militares, a penicilina tornou-se disponível para a população civil em 1944. Fleming e Florey foram muito homenageados pela descoberta e em 1945, juntamente com Chain, compartilharam o Prêmio Nobel de Medicina. Nenhum deles beneficiou-se financeiramente com a venda da substância. Na verdade, Alexander Fleming doou todo dinheiro que recebeu para patrocinar futuros estudos médicos. Sua descoberta foi umas das mais importantes em toda a história humana. Curou milhões de infecções bacterianas incluindo a pneumonia, sífilis, difteria, gangrena, meningite, bronquite e infecções nos ossos. Certamente, tornou-se um benefício incalculável para a humanidade e ainda hoje é o antibiótico mais usado no mundo. Alexander Fleming morreu de ataque cardíaco em 11 de março de 1955, em Londres, na Inglaterra.
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